Estresse e alimentação: qual a relação?
10 de abril de 2024
Saúde
A má alimentação pode causar diversos níveis de estresse, aprenda a criar hábitos alimentares saudáveis
O organismo humano pode apresentar diversas alterações hormonais, e nesse sentido o estresse e a alimentação estão diretamente correlacionados.
Isso ocorre, pois, hábitos alimentares disfuncionais podem causar desequilíbrios, causando disfunções e ativando situações de estresse.
Aprenda como identificar esses comportamentos e crie uma rotina alimentar equilibrada!
O que é o estresse?
O estresse pode ser caracterizado como uma cadeia de reações que afetam a integridade física e psicológica que acarretam o desequilíbrio do funcionamento do organismo.
Isso ocorre, pois, o organismo reage às possíveis situações de perigo ou ameaça. Dessa forma, o estresse nos coloca em um constante estado de alerta, o que provoca as alterações físicas e emocionais.
Então, como resultado dessa reação de defesa do organismo, ocorre a liberação de cortisol e adrenalina que caracterizam o estresse.
As situações de estresse podem surgir por diversos fatores, que podem ser respostas aos estímulos e/ou situações externas, ou internas, vivenciadas pelo indivíduo.
Além disso, essas reações podem ser influenciadas por traços de personalidade, estado emocional e respostas fisiológicas.
Correlação entre estresse e alimentação
Através de estudos realizados por especialistas, foram constatadas duas principais causas entre estresse e alimentação
Na primeira, afirma-se que o estresse é o influenciador principal na alteração do hábito alimentar, ou seja, ele interfere diretamente na forma como nos alimentamos.
Já na segunda causa, acredita-se que a qualidade e o tipo de alimentos ingeridos é que interfere no funcionamento do organismo e são os causadores ou intensificadores do estresse.
Pensando no primeiro caso, onde o estresse é o causador da alteração dos hábitos alimentares, existem duas consequências que podem levar a esse fator:
Causa 1
Algumas pessoas sofrem uma diminuição do apetite, levando a uma ingestão reduzida de alimentos e, consequentemente, a uma perda de peso rápida e a complicações nutricionais devido à falta de consumo adequado.
Causa 2
Outras pessoas experimentam o efeito oposto, em que o estresse aumenta a ansiedade e a tristeza, levando-as a recorrer à comida como uma forma de fuga, já que os alimentos são percebidos e sentidos como fontes de prazer e conforto.
Nesse cenário, elas procuram por “alimentos reconfortantes”, resultando em um aumento de peso.
Independente de qual seja a causa, um ponto de atenção e alerta é que, em ambas as situações, é relatado que o aumento de peso ocorre, principalmente, pela ingestão de alimentos palatáveis, ou seja, aqueles ricos em açúcares e gorduras.
De fato, a rotina da vida moderna está correlacionada a diversos fatores que influenciam no aumento da relação do estresse e alimentação.
Essa correria do dia a dia faz com que as pessoas precisem buscar por agilidade e praticidade na hora de se alimentar, o que está ocasionando um crescente aumento da obesidade, que é um problema de saúde pública mundial.
As escolhas alimentares de uma dieta com alimentos com déficit calórico baixo interferem na sensação de saciedade, fazendo com que o indivíduo tenha mais fome.
Esse fator está relacionado diretamente ao estresse e alimentação, já que tem ocorrido um aumento do quadro de sobrepeso na sociedade.
Como fazer escolhas mais saudáveis?
Já sabemos que as escolhas alimentares afetam e interferem em possíveis condições de estresse. Dito isso, podemos concluir que há alimentos que podem influenciar na melhora desse quadro, assim como há outros alimentos que podem piorar.
Ou seja, é sabido que existem nutrientes essenciais para o equilíbrio das reações químicas que ocorrem no sistema nervoso central e dos hormônios que regulam os sentimentos de ansiedade, mau humor, estresse e até depressão.
Com isso, é necessário garantir a ingestão desses nutrientes, a fim de equilibrar esses quadros emocionais, consumindo as seguintes substâncias:
Vitaminas do complexo B (principalmente B12)
Consuma alimentos de origem animal, como carne, fígado, sardinha, salmão, atum, ovos, leite e seus derivados (queijos e iogurtes).
Vitamina C
Inclua em sua dieta a ingestão do mais diversos tipos de vegetais, frutas, verduras e legumes.
Magnésio
Esse nutriente é facilmente encontrado em oleaginosas, como nozes, amêndoas, castanhas de caju, sementes e grãos integrais.
Manganês
Faça a ingestão de grãos integrais, leguminosas, como feijões, soja e ervilha.
Cálcio
O cálcio está presente no leite e seus derivados, como queijos e iogurtes e nos vegetais verdes escuros.
Entretanto, como citamos anteriormente, também existem aqueles alimentos que possuem nutrientes que influenciam negativamente para o aumento ou surgimento de um quadro de estresse.
Essas substâncias e suas respectivas fontes alimentares, devem ser evitadas, principalmente em excesso, e estão presentes em:
Cafeína
A ingestão excessiva de cafeína presente em café, chá mate, chá verde, chá preto, bebidas energéticas e refrigerantes elevam o nível do hormônio do estresse.
As substâncias presentes nesses alimentos, agravam quadros de nervosismo, provocam agitação, dificuldade para dormir a aumenta os sintomas do estresse.
Alimentos ricos em açúcar
Os doces em geral e os carboidratos simples (não integrais) causam elevações e quedas rápidas nos valores de glicemia, o que gera irritabilidade, fadiga e até ansiedade.
Alimentos com alto teor de gordura
O consumo destes nutrientes em excesso podem causar inflamação, afetando negativamente o funcionamento do sistema nervoso.
Álcool
Essa substância pode ter efeito prazeroso e sedativo inicialmente, mas a longo prazo, pode instigar e agravar os níveis de estresse. Além disso, interfere no sono, causa desidratação e prejudica as funções cognitivas.
Definitivamente, uma alimentação equilibrada é a maior aliada para controlar ou prevenir possíveis quadros de estresse.
Quando garantimos a ingestão dos nutrientes essenciais para o funcionamento do cérebro e para a produção dos hormônios, mantendo os níveis ideias, provocamos o equilíbrio nos sistemas fisiológicos do organismo.